Monday, February 15, 2010

Noite no brejo


Noite!
Astros no espaço
Satélite risca o céu com toda velocidade
Noite, desce graciosa e leitosa
De estrelinhas luzindo
Que são gigantescas bolas de fogo
E os grilos cantam
Uma repetitiva sinfonia
Eles cantam!
Cantar e preciso
Ai da noite se os grilos não cantassem mais
Mas os sapos também cantam, só que em tenor!
E fica essa bela rivalidade sinfônica
E eu, publico singular, do espetáculo do brejo!
E os vagalumes imitam o piscar dos astros no espaço
As estrelas podem até reclamar direitos autorais
Mas luzir é preciso!
Seres iluminados na escuridão
Pirilampos!
E coitada da noite se suas luzes verdes apagassem!
E eu aqui estirado
Esquecido do mundo
Nesse imenso gramado
Ouvindo a sinfonia dos grilos, dos sapos...
Piscar cintilante dos astros
E o luzir dos vagalumes
Eu e a noite brejeira
Se morresse hoje, agora
Morreria feliz!
sitio sossego 1997
gamma

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